Gustavo Nery dos Santos é estudante do Colégio Estadual Oliveira Britto, em Salvador, e está no 3° ano do ensino médio. Nos últimos dias antes de concluir a educação básica, o jovem de 18 anos quer deixar aos colegas mais novos um legado de estudos e respeito à diversidade. Ele integra, pelo terceiro ano consecutivo, a semana da Consciência Negra do colégio que, nesta edição, vai contar com a participação de 350 estudantes em uma gincana cultural.

“Quero deixar uma marca no colégio e fechar com chave de ouro o meu último ano. Espero aprender muito mais nesta gincana e interagir com os colegas. É importante participar porque aprendemos sobre a cultura negra e de outros países”, explica o estudante.

O evento acontece entre os dias 16 e 18 de novembro, para marcar a passagem do Dia da Consciência Negra (20/11). Uma extensa programação vai envolver os estudantes, com a proposta de intensificar o debate sobre a valorização da história e cultura negras.

A coordenadora pedagógica da unidade, Marta Maria da Costa, já perdeu as contas de quantas edições já foram realizadas no colégio, sempre com um formato diferente. “O nosso foco é melhorar a autoestima do aluno. Através das atividades, queremos que ele olhe para si mesmo e se valorize. A partir daí, saberá buscar seus direitos”, reflete.

Atividades -  No primeiro dia da gincana, os participantes terão que responder a um quiz sobre a temática principal e apresentar a personalidade negra escolhida para representar a turma. Cada equipe terá o nome de um artista das áreas da pintura, cinema, música, esporte, escultura, literatura, educação, televisão e teatro.

A programação do segundo dia conta com um desfile de moda afro, com roupas típicas de diferentes países africanos, produzidas pelos próprios estudantes. Para fechar o evento, no dia 18 serão realizadas uma palestra com o tema “Estética Africana” e rodas de capoeira. A gincana é um evento interdisciplinar, que envolve toda a comunidade escolar e permite a integração de diferentes abordagens dentro do tema principal. “Após a Semana da Consciência Negra, nós discutimos sobre os assuntos e aprendemos sobre o nosso tema e sobre o tema dos outros colegas”, conclui Gustavo.